PASSOU UM CENTAVO, TÁ FORA!

Na tarde de ontem fui até a Caixa Econômica Federal, da Avenida Costa e Silva em Praia Grande-SP, com o propósito de receber o abono reportado pela matéria de jornal, conforme nos mostra a foto.
Dei conhecimento a vários amigos meus, companheiros de trabalho sobre o fato, e a bem da verdade a maioria desconhecia esta possibilidade.
Já na CEF, após passar pela porta giratória fui até o atendente de encaminhamento, mas esse informou-me  lhe parecer que este pagamento só seria feito a partir de Julho de 2014.
Então para poder chegar a uma fonte mais informada, pedi uma senha de recadastramento do cartão cidadão. Ele passou-me a senha, e eu fui para o aquário correspondente.
Quando chegou a minha vez, expliquei a razão da minha presença ali.
A funcionária da CEF pegou minha carteira de trabalho, RG, cartão cidadão, deu alguns toques no teclado do seu computador, virou o monitor para mim, e decretou.
- O senhor está R$ 12, 00 acima da média permitida e por esta razão não tem direito a este benefício.
Valei-me Figueiredo, Pensei!
Até ponderei, mas ela foi enfática e me posicionou que a regra era clara.
Para me consolar, da decepção de não poder pegar aquela grana R$ 724,00, que para mim tinha um valor ainda maior, ela disse-me assim:
- Tem gente que por causa de R$ 0,01(Hum Centavo), não está recebendo!
Valei-me de novo Figueiredo!
Pois é, diante dos fatos, sai da CEF pensando:
"Caramba...será que o governo precisa tanto assim desse dinheiro, que,  além de não informar sobre este valor a ser sacado pelos cadastrados no PIS, não leva em consideração a posição social de quem o requisita?
Devo me conformar, sendo compreensível de que esse valor, somado aos de muitos Porteiros, Zeladores, ascensoristas, motoristas, e tantos outros que estão na base da pirâmide, mas não estão dentro da regra, vão colaborar para salvar as finanças desse governo que se diz de todos?
Ao saber da minha história, o rapaz da limpeza do meu prédio falou que nem iria perder tempo em ir na CEF.
Um outro colega falou algo parecido. Eu disse que todos estariam agindo errado se assim procedessem, pois este dinheiro, se eles estiverem dentro da regra estabelecida, sabe-se lá por quem e a que tempo, lhes é de direito, por um beneficio social criado a muito tempo, e que eles não podem abrir mão de seus direitos de tentar saca-lo.
O governo não ficaria mais pobre se me desse o direito a receber este valor. Eu com certeza ficaria muito feliz em poder deste valor acertar algumas contas.
Mas a regra é clara...
- Passou um centavo, tá fora!
Celso Corrêa de Freitas
PG 19/05/2014