Adoro quando o destino toma as rédeas da minha vida e a coloca num caminho diferente daquele que eu achava ser definitivo. Recomeçar é a palavra chave que o destino a mim impõe.
Mas não é no meu destino que esta crônica se suporta. O seu foco é a Copa do Mundo de futebol ora disputada no Brasil, cuja final não será aquela que esperávamos.
Em algum momento passado, cabeças muito conhecidas de nós, decidiram que a copa do mundo de 2014 seria aqui na nossa casa e que São Paulo precisava de um novo estádio de futebol, o Brasil precisava de mais estádios de futebol. E tome grana para a realização da Copa das Copas.
A presença no poder de um metafórico presidente e se não bastasse corintiano, facilitou a construção de uma dessas “necessárias” obras, que ficou conhecida como Itaquerão.
Outras cabeças antenadas com o sistema, decidiram que a seleção brasileira só jogaria no templo maior do futebol mundial, o Maracanã! Ao final da disputa.
Era dado como certa, sabe-se lá baseado em que, ou de que forma isso aconteceria, de que a Legião estrangeira, digo a Seleção Brasileira Penta campeã mundial, comandada por Mustosa, Parreira e Felipão estaria na final e ganharia o hexa.
No bojo de tantas ilusões plantadas no coração do torcedor brasileiro, o do Rio de Janeiro aceitou carneiramente essa fatura que era dada como quitada pelos nossos dirigentes esportivos.
A festa iria rolar no novo maracanã.
O destino nas suas tramas muda, e de fato mudou tais planos muito rápida e drasticamente.
A Alemanha então nos mete 7 gols, nos trazendo de volta a nossa dura realidade.
“Não temos um Prêmio Nobel e a Alemanha tem ou está pra lá de cem.”
No próximo dia 12/07 estaremos no Itaquerão a disputar o a terceira ou a quarta colocação neste engenhoso mundial, pensado para sermos os campeões.
Enquanto isso no dia 13 no novo maracanã, que não viu um jogo sequer da Seleção Brasileira nesta Copa de padrão FIFA e articulação CEBEFEANA, vai ver ALEMENGO X ARGENTINA.
Tem um samba do qual gosto muito, que diz assim: Destino porque fazes assim, tenha pena de mim, não mereço sofrer...(Almir Guineto)... Penso que a esta pergunta, o nosso destino assim responderia: Faço sim! Vocês não vão ser Papel de parede para a continuidade de um projeto politico e esportivo que se suporta em vender ilusões e semear desculpas.
Será melhor chorar agora...amanhã será sempre outro dia...o dia do troco.
Chega de Itaquerão, metaforicamente falando! Está na hora de mais honestidade. Chega de humilhação, ACORDEM!
Pensando nesta resposta, vejo que do Itaquerão até as urnas que se aproximam de nós, os caminhos do troco são os da consciência pessoal e coletiva e atitude social individual, que alavanca o desejo de vermos o nosso País tomar outros rumos: O da necessária segurança, o da boa saúde, e o da verdadeira educação, para sermos de fato uma nação, e não tão somente o País do Futebol. Este surrado chavão já não faz mais sentido, para o nosso destino.
Celso Corrêa de Freitas
10.07.2014 - 12:00 Horas
ACD 1930
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