Cheguei hoje (01/12/08) a minha casa e assim que passei pelo umbral da porta da sala, meu filho veio ao meu encontro e empolgado começou a falar como fora a sua participação no torneio de vôlei inter-escolar promovido pela secretaria de esportes da Prefeitura.
- Pai! Ganhamos o campeonato.
Enquanto falava entusiasmado, colocava em minhas mãos o seu valioso troféu.
Eu nem tive tempo de tirar minhas próprias conclusões a respeito daquela medalha, pois ele explicou a razão de na minha mão estar uma medalha, digamos assim... Prateada e não uma na cor amarela, representativa do ouro.
- Pai essa prefeitura é muito pão dura. Pai todo mundo ganhou o mesmo tipo de medalha.
Procurei ponderar dizendo que talvez fosse para que todos se sentissem iguais.
- Que nada pai! Se fosse para ser assim, para que então jogar valendo. Jogava todo mundo contra todo mundo e ninguém seria declarado campeão, nem vice e nem terceiro.
"É, até que fazia sentido", pensei...
Fiquei olhando a medalha enquanto ele prosseguia nas suas observações. Nela estavam em destaques aqueles simpáticos elementares que continuam representando a cidade em tudo. Virei-a na certeza de que no verso encontraria a identificação do torneio e mais alguns detalhes pertinentes, que colocariam o problema da cor em segundo plano.
Ali, no entanto, para minha frustração não havia nada gravado. O que eu tinha na mão era só a foto estilizada dos simpáticos elementares enfeitada por uma delicada fitinha azul.
É, de fato, Para certas coisas a Prefeitura de Praia Grande é muito pão-dura!
Bom, não sei se aqui em Praia Grande existe, talvez em Santos, com certeza em São Paulo vou achar um estabelecimento comercial onde eu possa gravar nesta medalha que vai adornar o quarto do meu filho, os dados que justificam esta conquista e pela qual ele deu o melhor de si.
Esquenta não filho, em 2016 as medalhas olímpicas em disputa, vão representar ao pé da letra as suas conquistas. É só continuar no caminho do Esporte e da Educação.
Atenciosamente,
Celso Corrêa de Freitas
CCF
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