A Catraca Diz:
Passado o período eleitoral, retorno a Câmara Municipal
de Praia Grande-SP, para assistir a uma sessão legislativa.
Como de outras vezes, sou um dos primeiros a entrar.
A sineta toca e o Presidente da Casa, o Vereador
Rezende, pede ao secretário que faça a chamada para verificação de quorum.
Enquanto o Vereador Hugo faz a chamada e os seus
pares vão respondendo, eu olho ao redor. O mesmo plenário de sempre, na maioria
das sessões vazio. As mesmas pessoas de sempre, em sua grande maioria dispostas
a fazer justiça com as próprias mãos, o mesmo cenário patrimonial de antes.
Não! Espera ai, as cadeiras onde os vereadores se refestelam, parece-me serem
novas. E também lá fora, uma troupe de operários, promove uma repaginada no
visual da nossa Casa de leis.
Vamos lá, a sessão começou...
Mais um atleta sendo homenageado por seu trabalho em
prol do esporte da nossa cidade. Uma justa homenagem feita pelo Vereador Hugo.
“Os
artistas da cidade, também esperam o dia de serem homenageados pelos nossos
vereadores.”
Mas por enquanto, não nada ali sobre o projeto de regulamentação do Conselho Municipal de Politica Cultural."
O que nos leva a pensar: CULTURA, ORA CULTURA! Não passa por aqui!
A presença da Imprensa configura-se pela presença do
Richard, fotógrafo do Jornal Gazeta do Litoral e o Jornalista Jonas do Jornal
Litoral Sul Paulista.
Os vereadores começam a usar a Tribuna e fazer uso
dos seus 9 minutos para suas considerações.
Pela primeira vez, a Catraca-PG vê o Vereador
Leandro do Avelino, declinar desse direito. Ele que sempre foi um usuário
didático da tribuna.
O Vereador Marquinho, causa rebuliço na platéia ao
tocar em feridas municipais. Em alguns momentos o sério torna-se hilário e a
patuléia vibra.
O Vereador Paulo Emilio anuncia profeticamente que o
caos (Eu prefiro KAOS!) está próximo e sentencia na sua visão Universalista do
Reino de Deus: “Praia Grande Vai ficar
de mau a pior”.
A platéia se manifesta em alto e bom som:
-Depois de 4 anos é que o senhor vê isso vereador...
O Vereador Serginho Sim! Também o mais votado,
propõe na tribuna uma emenda, em respeito aos eleitores, solicitando que as
sessões o ano que vem, comecem às 19 horas.
A emenda foi aprovada.
Chega o momento mais esperado, a votação do
aumento para o IPTU.
O Vereador Vitrolinha pede a palavra e a platéia se
agita...
Segundo o vereador a Administração municipal está
descontrolada e conturbada, colocando tudo para o cidadão pagar.
Por esta razão, votava contra.
A patuléia presente vibra e aplaude.
Na sequência, o Vereador Serrano lamenta tantas
palavras (Do Vereador Vitrolinha) confusas e desconexas. Confessa que não
conseguiu entender nada que o Vereador (Vitrolinha) disse no seu uso da tribuna.
O líder governamental então faz um analítico arrazoado
justificando o aumento de 25,24% para o
IPTU. No arrazoado do nobre Vereador, na verdade o aumento é só de 5,24%.
Ao retirar-se da Tribuna depois da sua didática
explicação, ouve-se na platéia:
- Nós também não entendemos coisa nenhuma da sua
fala vereador.
O Vereador Leandro do Avelino toma para si a tribuna
e como nos velhos tempos, desanca, desconstrói o arrazoado anteriormente
colocado e afirma com todas as letras:
- Na história de Praia Grande-SP, nunca se aumentou
o IPTU 2 vezes na mesma administração.
Por tanto, votou contra.
A platéia deu sua opinião quando ele começava a
descer da tribuna.
- Agora entendemos tudo!
E o saldou com uma calorosa salva de palmas.
Resultado final: 10 Vereadores votaram a favor do AUMENTO
PARA O
IPTU. 2 votaram contra e um se absteve.
Dos novos Vereadores eleitos, só um foi notada a
presença nesta sessão, Edu sangue bom. Os demais estavam em LINS.
A reestruturação das secretarias municipais, que
permite a criação de novas secretarias, também foi aprovada.
Na parte final da sessão, na qual o vereador tem
direito a 5 minutos para suas palavras finais, fizeram uso da tribuna os
vereadores Vitrolinha, que alertou: “A Prefeitura tem mais 4 anos para me
engolir.”
Toto, que fez uma homenagem ao falecido funcionário
público daquela Casa de leis, o senhor Agenor.
Leandro do Avelino, que aproveitou para completar o
seu arrazoado sobre o aumento para o IPTU.
E por fim o Vereador Marquinho.
Nota! Na abertura da sessão, foi distribuído no
plenário, um manifesto de uma entidade denominada CIDADÃOS PRAIAGRANDENSES
REPUBLICANOS. No seu manifesto ela clama por contrapartidas sociais por parte
dos gestores públicos.
Na realidade, diante do desinteresse dos vereadores
pelo assunto e da pouca presença de munícipes na câmara, o manifesto foi mais
um papel no vento.
É impressionante que nesta questão do IPTU, não
exista a proposta de um IPTU calcado na realidade social dos moradores da Praia
Grande-SP.
Socialisticamente e na Câmara de Praia Grande-SP, o
que não falta é socialista, o IPTU deveria ter um padrão tipo: Quem pode paga o
imposto proposto, quem não pode paga o imposto justo e quem não tem condições
paga um imposto social.
Por que não pode ser assim?
Diga, vamos! Diga?
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