Minha intenção não é
desrespeitar o falecido, mas não posso ficar a mercê daquele entendimento que
determina não ter memória, o povo brasileiro.
Em meados de Setembro
de 2006, o Tribunal de contas da União exigia explicações do Sr. Luiz Gushiken,
a respeito da confecção de cinco milhões de cartilhas sobre programas oficiais
do governo Lula. O TCU contatou o superfaturamento na casa de 360% na impressão
do material sobre a responsabilidade do então Ministro da Secretaria de Comunicação
(SECOM). Vários prazos para explicação da situação foram dados, aconteceu a sua
queda no curso do mensalão e com sua absolvição por falta de provas, esse e
outros assuntos sumiram do noticiário.
Um pouco antes, em
Abril de 2006 encaminhei carta aos jornais apontando uma situação curiosa, que
tem como foco o fator “impressão”, neste caso a impressão de uma luxuosa
revista: Nesta ocasião, todos os ônibus rodoviários que partiam do Terminal
Rodoviário Tude Bastos em Praia Grande-SP, com destino ao Rio de Janeiro tinham
em cada banco um exemplar de uma revista especial da PETROBRAS, cuja matéria de
capa era a propalada auto-suficiência brasileira na produção de petróleo.
A tiragem desta revista
era bíblica no contexto da quantidade. Encaminhei carta a Petrobras, não só
questionando a tiragem como principalmente a tal auto-suficência, que eu
particularmente naquela ocasião, e ainda agora, não acreditava.
Nunca recebi resposta!
Nem da Petrobras e muito menos do Sr. Luiz Gushiken, pessoa a meu ver, maior
responsável por tal publicação.
É lamentável que esse
senhor ao morrer, leve consigo as explicações para determinados assuntos com os
quais, sendo quem era, teve que conviver e calar-se.
O peso de certos fardos
acaba com a saúde de qualquer ser humano, mesmo aqueles que por sua origem
possuem uma estimativa de vida até os 90 anos, nem os samurais estão imunes a
tal desgaste.
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