“Não sou defensor
incansável de ninguém, mas entendo que a minha esperança justifica o meu desejo
de ver quem está por começar algo em sua vida, tenha o sucesso que merece.”
Do alto dos meus 64 anos, passei por vários governos.
Nasci no ano, e muito próximo do dia no qual Getúlio Vargas
atirou contra o próprio peito, 1954.
Passei ainda criança pela era Juscelino Kubitscheck, e a
construção de Brasília, na bagagem dos meus 6 anos, não significou nada para
mim.
Veio Jânio Quadros, veio João Goulart, e esse último foi a
porta pela qual os militares entraram para estabelecer o seu período de
governo. A partir de 1973 eu no meu momento militar servi com os Generais
Medici, Geisel e Figueiredo. Antes do Exército, eu passei alguns anos estudando
num Colégio interno em Stº Antº de Pádua-RJ. No colégio algumas lições para a
minha vida futura foram assimiladas. A principal dela Respeito aos meus
superiores professores, o que me ajudou muito no meu tempo de militar. No
exército, assimilei outras importantes lições, tipo: Estar junto não significa
pertencer; a maior preocupação de um imbecil elevado a categoria de chefe, é
ostentar autoridade; Brasil acima de tudo; meu conteúdo, e minha reputação são
valores dos quais eu não posso abrir mão...
Tais lições nortearam sempre as minhas ações já imbuídas do meu papel de
cidadão.
Quando deixei o exército, passei a doar a minha capacidade
pensativa e produtiva para uma empresa multinacional. Nessa empresa tive a
oportunidade de estar muito próximo, e ser vítima das artimanhas de uma pessoa
que anos mais tarde, viria ocupar o cargo máximo da administração do País.
Certo dia, diante de uma de suas táticas para nos obrigar a
participar do movimento grevista no pátio da empresa, disse para eu mesmo: Esse
cara um dia vai pegar uma cana!
O governo militar passou, veio a tão sonhada democracia, e eu
comecei a me interessar pelo ato político, suportado nos homens e suas
políticas.
Veio Tancredo Neves, que morreu sem tomar posse; veio José
Sarney e o vi restabelecendo de vez a democracia com uma nova constituição, mas
ao mesmo tempo o vi provocar um descontrole na economia com altos índices de
inflação.
Em 1990 veio Collor contra aquele por quem eu não tinha
nenhuma admiração. Então fui de Collor! Mas quando esse se perdeu no
acharcamento das empresas brasileiras, eu ao lado de muitos que votaram naquele
que perdera a eleição de 1990, fui para as ruas gritar a plenos pulmões: FORA
COLLOR
Pouco me importava se ele tinha melhorado o nível dos carros
nacionais, nos tirado da idade da pedra telefônica, que tenha introduzido no
Brasil a agenda liberal, ele estava praticando corrupção, e não merecia por
isso ser o meu, o seu, o nosso Presidente.
Veio Itamar Franco, o Plano Real resolvendo o problema da
nossa inflação sem choques, congelamento e principalmente, sem corrupção!
Veio a era FHC e as suas coisas boas - privatização do setor
de telefonia facilitando o acesso ao
celular , manteve a
estabilidade econômica fruto do plano real,
criação do Fundef (fundo para financiar o ensino fundamental),
Fortalecimento dos movimentos e projetos socias, implantação dos medicamentos
genéricos; Combate à Aids com os coquetéis anti-aids.
Mas acima de seus erros políticos, pecou enormemente pela
arrogância e distanciamento do povo, o que lhe custou o cargo de presidente,
quando o disputou em 2002 contra aquele eu nunca votei, e jamais votaria. Mas
eu tinha consciência de que aquele, infelizmente, e por culpa de FHC era o
momento dele de ser o que sempre ele desejou ser.
E ele foi...Não com o meu voto!
No prefácio do meu livro “Destino em Transição” eu
humildemente mandei-lhe uma mensagem otimista em relação ao seu futuro governo.
Está lá, caso alguém quiser ler...
Aos amigos eu falava sobre os meus temores de que não daria
certo, e que o Brasil corria riscos de ir progressivamente para um buraco
político social, pois já entendia que:
“A Política enquanto exercício era um esteio, enquanto
objetivo cativeiro, enquanto verdade esperança e enquanto mentira, o sacrifício
do povo.”
Muitos me chamavam de louco, muitos me viraram as
costas...Eu passei a fazer minha parte, principalmente pensando e expondo meus
pensamentos.
Passei a usar meus blogs e páginas eletrônicas para mostrar o
que pensava, a minha visão, sempre me valendo daquilo que eu sabia, da minha
experiência, nunca da opinião de terceiros, salvo se essa fosse altamente
embasada pela verdade dos fatos.
Quando o navio governamental começou a afundar, eu busquei
mostrar para quem me permitia sua atenção, o erro que ela cometia quando
hipotecava seu conteúdo e sua reputação na defesa daquele que descaradamente desviara
o foco do seu governo para a corrupção.
Nunca fui contra o que foi feito de bom pelo governo, mesmo
até pelo fato de que o bem feito de um governante é sua obrigação, nunca um
favor para o povo.
Tudo o que relatei acima, foi o motor de acionamento do meu
desejo de mudança, daquilo que achava estar errado nos últimos anos do País.
Acreditei no novo, pois o novo sempre vem!
"Se não
aprendemos nada com aquilo que a história nos permite ver, não merecemos
participar dela, apenas ser vítimas dela."
Toda mudança pressupõe melhorias, e isso justificou 100% o
meu voto no 17.
Esse novo governo assume no dia 1º de janeiro de 2019, até
lá tudo são conjecturas, e conceituações nem sempre movidas pela boa fé e
crença num novo período de ordem e progresso para o País.
No contexto da melhoria do País, se ela vier, o governo do
Sr. Jair Messias Bolsonaro terá feito aquilo para o qual foi eleito, se não
vier e o seu desvio político for igual ou pior do que o praticado pelo governo
que o antecedeu, falo governo que o antecedeu, pois considero o governo do vice,
que foi cria da impedida em 2014, uma continuidade dos descalabros cometidos
num mar de corrupção implantada; estejam certos que eu estarei com quem quiser
estar comigo, nas ruas gritando FORA BOLSONARO.
Será este com certeza o meu último grito político, na condição
de um brasileiro consciente do seu papel de eleitor pois nunca me apeguei a
homens no sentido político do apego, e a esse entreguei servilmente o meu
conteúdo e reputação.
Quem faz isso, pensa estar sendo honesto com sua
inteligência, com o seu conhecimento, e sua posição pretensamente a favor dos menos
favorecidos e desvalidos.
Em verdade essa pessoa que sobre suas costas aloja um corrupto,
um criminoso, um farsante, um ilusionista, está sendo desonesto com milhões de
brasileiros que sofrem no seu dia a dia, coma a falta de saúde, segurança,
trabalho ...
Não existe honra ou razão para orgulho quando você elege
como político preferido quem roubou, desviou, iludiu, profanou, corrompeu, e até
matou...
Quem abre sua boca para deixar que sua voz, direta ou
indiretamente se pronuncie em defesa daquele que não tem defesa aos olhos da
justiça, não revela respeito a si mesmo, revela apenas e tão somente
cumplicidade.
E quem é cumplice de criminoso, criminoso o é!
Eu, no universo da minha militância política serei sempre
eleitor, nunca cumplice de ninguém.
Então que venha o novo governo, é tempo dele!
"Quando o governo
é bom, o povo usa as ruas para ir de um lugar para outro, trabalhar, ser feliz
e... voltar para casa!"
Respeito é bom, e qualquer um gosta, e precisa!
"Governo bom não
é aquele que faz o País de seu, mas aquele que faz do País um lugar de todos,
uma nação por inteiro, e não um curral de militantes."
Fim
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